Almodôvar
Situado entre a Serra do Caldeirão e a planície alentejana, Almodôvar caracteriza-se paisagisticamente por uma certa dualidade orográfica. Se por um lado podemos encontrar a planície ligeiramente ondulada com montados de azinho pouco densos e áreas abertas para explorações extensivas de sequeiro, ocupadas com pecuária, por outro encontramos a serra com zonas de acentuados declives e de matagal e floresta mediterrânica, compostos por um estrato arbustivo rico e diversificado, como é exemplo o medronheiro, o sobreiro e a azinheira.
As principais riquezas são a cortiça, a aguardente de medronho, o queijo de cabra e o mel. As atividades com maior expressão económica são o cultivo de cereais de sequeiro, a criação de gado bovino, ovino e suíno, a produção de leite e queijo de ovelha e a apicultura.
Desde há 5 mil anos até aos dias de hoje, as terras de Almodôvar foram marcadas pela presença de múltiplos povos e episódios indissociáveis da História de Portugal. Monumentos megalíticos, a singular Escrita do Sudoeste, as ocupações romanas e islâmicas bem patentes nas Mesas do Castelinho, a “reconquista” cristã, provavelmente a primeira escola de teologia do Baixo Alentejo, histórias serranas da resistência absolutista, e toda uma vida entre a serra e a planície.